sexta-feira, 15 de maio de 2009

Recordações e Lamentos


Ontem, a vida era cheia de sentido
quando o céu brilhava toda vez.
Hoje é um lamento sofrido
de quem partiu, e por mim nada fez.

Ontem, sentia o vento batendo,
balançando as árvores em alento.
Hoje, apenas um sopro querendo,
reunir recordações num lamento.

Ontem, minhas mãos tocavam as suas,
fazendo amadurecer esse calor.
Hoje o que mês resta, senão amarguras,
solidão e até mesmo a dor.

Agora, e porque não, tarde,
percebe-se o que se perdeu.
A amizade permanece, mas arde,
o teu carinho já se foi ou morreu.

Poesia Sem Nome


Recordo-me do lugar onde estavas,
o balançar do seu vestido,
os meus beijos no seu ouvido,
quando nosso amor começava.

Vejo ainda os teus olhos quando me olhavam,
estes olhares que me matavam de desejos,
estes olhares que a noite me insinuavam,
lá no clube a te encher de beijos.

Tuas frases eram cantos dos passarinhos,
era meu peito tua eterna dor,
seus carinhos, as flores dos caminhos,
que eu apanhava, viajante do amor.

Teu amor tinha aroma que me fortificava,
davam-me forcas para viver a vida,
fazia-me feliz, porque me amavas,
fazia-me sorrir, porque eras querida.

Se eu caísse, nos seus olhos rolaria!
se eu sofresse, ouviria os seus cantos,
sentiria nos meus dias de prantos,
teu amor que era um delírio!

Era, porque esse amor foi uma grande fantasia,
foi estrela que abrasava e hoje me consome,
porque hoje, o teu amor é uma feia poesia,
triste, amarga e sem nome.


(Poesia feita para minha ex-noiva Ana Paula na última vez que estive na cidade de Itaocara onde ela morava)

Falta Uma Estrela no Meu Céu


Vou-me a janela e nada vejo
tudo agora é fantasia, miragens, ilusões...
tudo agora é ficção amorística.
O filme começa do fim ao princípio
como se fosse repassar um passado
que passou tão agora, tão perto,
que já sinto longe demais
para crer na existência daqueles momentos,
que não voltam mais...
Olho para a vida, vejo o silêncio,
olho para os lados vejo o horizonte
sem a névoa diurna.
Ouço os murmúrios das palavras,
é o silêncio murmurando silenciosidade.
Volto a janela, olho pro alto:
Meu Deus ! Cade ela ?!
E percebo...
Falta uma estrêla no meu céu.