sábado, 16 de maio de 2009

Sonetos de Ausências


Não diga adeus nem brincando,

o adeus é irmão da saudade,

e alguma ausência escutando,

pode pensar que é verdade.

_____X_____

Tua ausência vem e conta,

o que a presença não diz.

E eu brinco de faz-de-conta,

fingindo que sou feliz.

_____X_____

Um dia desses sonhando,

eu vi nas ruas da vida,

a tua ausência dobrando,

a esquina da despedida.

_____X_____

Partiste, e tive medo,

que a ausência te possa dar,

o esquecimento mais cedo,

do que a lembrança de voltar.

_____X_____

Tua ausência “bate o ponto”

no cartão de minha vida.

E, dentro do peito eu conto,

quanto dói cada batida.

_____X_____

Em minha estrada florida,

plantei esperanças, porém,

não pude evitar que a vida,

plantasse ausências também.

_____X_____

Na estreita rua da ausência,

vejo estátuas mutiladas,

com velhas e estranhas aparências,

de mágoas petrificadas.

_____X_____

Ante a tua permanência,

vejo triste a realidade.

Hoje és muito mais ausência,

do que quando eras saudade.

_____X_____

Por mais calor que hoje faça,

a tua ausência é sentida,

no frio intenso que passa,

por entre as frestas da vida.

_____X_____

Ausência é ver teus braços,

em cada abraço de adeus.

Viver ouvindo os teus passos,

nos passos que não são teus.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Recordações e Lamentos


Ontem, a vida era cheia de sentido
quando o céu brilhava toda vez.
Hoje é um lamento sofrido
de quem partiu, e por mim nada fez.

Ontem, sentia o vento batendo,
balançando as árvores em alento.
Hoje, apenas um sopro querendo,
reunir recordações num lamento.

Ontem, minhas mãos tocavam as suas,
fazendo amadurecer esse calor.
Hoje o que mês resta, senão amarguras,
solidão e até mesmo a dor.

Agora, e porque não, tarde,
percebe-se o que se perdeu.
A amizade permanece, mas arde,
o teu carinho já se foi ou morreu.

Poesia Sem Nome


Recordo-me do lugar onde estavas,
o balançar do seu vestido,
os meus beijos no seu ouvido,
quando nosso amor começava.

Vejo ainda os teus olhos quando me olhavam,
estes olhares que me matavam de desejos,
estes olhares que a noite me insinuavam,
lá no clube a te encher de beijos.

Tuas frases eram cantos dos passarinhos,
era meu peito tua eterna dor,
seus carinhos, as flores dos caminhos,
que eu apanhava, viajante do amor.

Teu amor tinha aroma que me fortificava,
davam-me forcas para viver a vida,
fazia-me feliz, porque me amavas,
fazia-me sorrir, porque eras querida.

Se eu caísse, nos seus olhos rolaria!
se eu sofresse, ouviria os seus cantos,
sentiria nos meus dias de prantos,
teu amor que era um delírio!

Era, porque esse amor foi uma grande fantasia,
foi estrela que abrasava e hoje me consome,
porque hoje, o teu amor é uma feia poesia,
triste, amarga e sem nome.


(Poesia feita para minha ex-noiva Ana Paula na última vez que estive na cidade de Itaocara onde ela morava)

Falta Uma Estrela no Meu Céu


Vou-me a janela e nada vejo
tudo agora é fantasia, miragens, ilusões...
tudo agora é ficção amorística.
O filme começa do fim ao princípio
como se fosse repassar um passado
que passou tão agora, tão perto,
que já sinto longe demais
para crer na existência daqueles momentos,
que não voltam mais...
Olho para a vida, vejo o silêncio,
olho para os lados vejo o horizonte
sem a névoa diurna.
Ouço os murmúrios das palavras,
é o silêncio murmurando silenciosidade.
Volto a janela, olho pro alto:
Meu Deus ! Cade ela ?!
E percebo...
Falta uma estrêla no meu céu.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Noivado


Montarei no cavalo dourado
Para descer a montanha
E marcar outro noivado
O mundo de novo se abrirá
A vida nos sorrirá
E eu aprenderei até sambar!
Quando de Itaocara parti
Terminou minha ilusão
Por isso voltarei para te pedir
A você que aí ficou
Não deixe que termine
O meu sonho prateado
Porque não quero subir a montanha
Sem trazer você no cavalo dourado
Para ficar comigo
Para sempre do meu lado.

Aguardando Você


Aguardando-te, revejo os dias
Daqueles já distantes, quando
Eu ficava como hoje te esperando
Sem saber ao certo se virias.

Olhei e parti pela noite enluarada
No puro anseio de chegar lá onde
A minha doce e fugitiva amada
Na madrugada trêmula se esconde.

Vem Teclar Comigo


Meu coração
não sei porquê
batia feliz
teclando com você

E os meus olhos
ficavam sorrindo
e pelas teclas
ia te seguindo...

Vem, vem comigo teclar,
que a solidão é muito triste,
que tenho amor para te dar,
e eu sei que você existe.

Desse lado dessa tela,
eu só penso em você,
porque já me esqueci dela,
quando estou nesse pc...

Meu Amor


Pra você eu teclei
uma frase bem bonita
Pra você eu guardei
sua foto bem bonita

Pra você eu sonhei
o meu sonho de paz
Pra você teclarei
demais...demais

Se você comigo, não mais teclar
o que farei da vida?
se não sei mais achar
a alegria perdida.

Meu amigo


Aqui, nesse teclado frio,
vou sonhando,
pela vida vou seguindo,
teclando,
por entre letras de esperança,
teclando sem fim,
igual criança.

Com o coração magoado,
por ela não ter teclado.
Com o coração parando
e ela com os outros teclando...

Meu amigo, me diz,
eu sei,
que tudo de bom que teclei
deixei-a por uns dias feliz.

Eu sei,
que em noites enluaradas,
e sempre foi assim amigo,
por várias madrugadas
ela não teclou comigo

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Solidão

Estou tão sozinho
E eles nem a companhia da solidão me deixam ter
Estou tão cego
E eles nem o negro do interior me deixam ver
Nem que fosse só por um segundo
Gostava de ser perdido pelo mundo

Estou tão frio
E eles nem o calor do Inverno me deixam sentir
Estou tão triste
E eles nem da minha tristeza me deixam rir
Nem que fosse só para saber
Gostava de experimentar o que é morrer

Estou tão desesperado
E eles nem uma lágrima me deixam chorar
Estou tão farto de mortes
E eles nem com a minha vida me deixam acabar
Nem que fosse só um dia assim
Gostava de ser para ti o que tu eras para mim

Jamais Terei Você

Você olhou bem dentro das minhas fantasias,
e, uma por uma tentou torná-las realidades.
Isto foi algo que ninguém jamais
havia encontrado um jeito de tentar.
Tenho guardados os momentos, um por um,
desde que me conheceu.
Eu sei que jamais terei você, aqui do meu lado.
É por isso que me apego firmemente,
antes que o que é bom, vai-se embora.
Sempre perco o amanhã,
tentando buscar o passado.
Não vou abaixar minha cabeça de pesar,
se você não gosta mais de mim.
Eu vou ficar aqui e lembrar
os mil dias que te amei sozinho,
nas escuras noites de solidão.
Eu vou, se você não estiver do meu lado,
para onde o Sol não brilha mais.
Em meio a uma chuva torrencial,
vou para onde o tempo,
combine com minha face.
Porque sei, que jamais terei você
aqui do meu lado.

Nos Olhos dos Meus Pais

Nos olhos de minha mãe,
vejo um mar cinzento.
Nos do meu pai, um céu com nuvens.
São olhos azuis dentro de uma cara rubra
e nada mais
Nos olhos de minha mãe,
há cinzas de um passado, sempre presente.
São olhos que viram três cabeças
saírem de seu ventre.
São olhos que, como os de meu pai,
viram muita coisa que nós ainda não vimos,
ou fingimos não ver...
São quatros olhos que deixaram de ver,
a alegria de viver.
Nos olhos do meu pai,
eu via sempre uma nau, naufragando.
São olhos que viram a vida como ela nunca foi.
São olhos críticos que gritaram por justiça.
pois nunca aceitaram o pão mofado,
ou aquele que o diabo amassou.
Nos olhos de minha mãe vejo um mar,
fundo...cinzento...revolto...
Dos olhos dela, restam os meus,
dentro da cara rubra do meu pai.

O Sonho de uma Verdade

Vou te levar àquela cidade brilhante,
Para maquiar teu rosto e pintar teu sorriso,
Mostrando só alegrias e nenhuma dor.
E quando você se juntar aos meus sonhos
E brincar com meus jogos
Dançarás as noites e dias sem fim
Toda noite morrerei no meu reduzido contentamento
Deitado no meu futuro túmulo
Enquanto você me trás a água, eu te dou o vinho
Dance os dia e dance as noites sem fim
Abra suas janelas para mim
Deixe-me viver no seu mundo
Deixe-me dormir nos seus sonhos
Mas não partas!
Senão a parede de gelo estremecerá,
E os estilhaços de pratas voarão no canto do seu olho,
Brilhando no Sol poente...
Você já teve a sensação
Que a história é real demais!
E é conjugada num presente louco
E eu estou no palco, e parece,
Que você é a única pessoa sentada
Na platéia do meu coração.

terça-feira, 21 de abril de 2009

A Saudade Faz O Amor Parecer Triste


Era manhã de sol
ou noite enluarada,
era tudo, era o amor,
era minha morada.
Era um sonho de criança,
em noites frias de inverno,
era na mente a lembrança,
de um grande amor materno.
Era os jogos do tempo,
era a sorte ou o azar,
era tudo florido,
era a vida para se estudar,
era a vida para se amar,
ou era canto para se cantar!
Era conflito da mente,
era o amor vivido,
era ternura da gente,
esse colégio querido!