Não diga adeus nem brincando,
o adeus é irmão da saudade,
e alguma ausência escutando,
pode pensar que é verdade.
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Tua ausência vem e conta,
o que a presença não diz.
E eu brinco de faz-de-conta,
fingindo que sou feliz.
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Um dia desses sonhando,
eu vi nas ruas da vida,
a tua ausência dobrando,
a esquina da despedida.
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Partiste, e tive medo,
que a ausência te possa dar,
o esquecimento mais cedo,
do que a lembrança de voltar.
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Tua ausência “bate o ponto”
no cartão de minha vida.
E, dentro do peito eu conto,
quanto dói cada batida.
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Em minha estrada florida,
plantei esperanças, porém,
não pude evitar que a vida,
plantasse ausências também.
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Na estreita rua da ausência,
vejo estátuas mutiladas,
com velhas e estranhas aparências,
de mágoas petrificadas.
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Ante a tua permanência,
vejo triste a realidade.
Hoje és muito mais ausência,
do que quando eras saudade.
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Por mais calor que hoje faça,
a tua ausência é sentida,
no frio intenso que passa,
por entre as frestas da vida.
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Ausência é ver teus braços,
em cada abraço de adeus.
Viver ouvindo os teus passos,
nos passos que não são teus.